sábado, 31 de dezembro de 2011

We wish you a merry... WAIT, WHAT?!

Olha só quem decidiu receber atenção de novo: meu blog pessoal! E ainda pra algo que não tem o costume de acontecer: eu fazendo uma retrospectiva de um ano que, no mínimo, foi "diferente".

Mas como eu não quero enrolar muito com esse post, vou ao que importa: o que rolou até agora.
Diferente... Essa é uma excelente palavra para definir tudo o que aconteceu esse ano. Um ano incomum, que mudou muito do que eu tinha como certeza e me fez ver cores novamente.

Tudo começou com eu ter passado o ano novo ao lado dos meus pais na minha casa. Já fazia um bom tempo que eu só passava minhas férias em Junqueira, mas um cara desempregado não poderia bancar uma viagem... E posso dizer que foi um começo complicado, dado o fato de que eu ainda estava desempregado, mesmo depois de tanto tempo, né?

O tempo passou, e nesse meio tempo eu tive uma conversa com meu primo Cléber. Eu, como vocês podem bem lembrar, estava meio desiludido com a vida, com o amor e tudo mais... Meu primo disse que até o fim do ano tudo ia mudar, que era só eu aceitar a mudança que ela viria. Na época, ri dessa "profecia" dele, pois sabia que não tinha como... Eu não conhecia nenhuma pessoa "especial" o suficiente pra, até o final desse ano, tudo fosse mudar...

No início de fevereiro fui ao aniversário do meu afilhado Rodrigo, junto com todos os meus amigos daquele grupo. E a Ana, esposa do Will, foi quem me deu o empurrão que eu precisava pra tirar um pouco a cabeça do inferno. Foi de uma forma dura, do jeito que eu precisava, pra eu despertar. Foi ali o início do ano, de verdade.

E assim o ano prosseguiu, até o dia em que recebi uma ligação desse mesmo primo, me avisando de uma escola que estava precisando de um professor de inglês. Isso já era meados de fevereiro, e eu tava afundando dentro de mais uma das minhas famosas depressões. Fiz meu currículo, enviei e fiquei aguardando.

Nada de me ligarem, até o dia em que ele mesmo me ligou, dizendo para ir até a escola aonde ele dava aulas, pois era o coordenador de inglês de lá quem precisava de um professor... Fui e também não engatei muita coisa, dado o nervosismo de estar tentando algo novo. Passou-se uma semana até que a outra escola me ligasse.

Fiz todos os testes e ainda assim voltei à escola aonde meu primo trabalhava, para a segunda fase. No final da entrevista, o tal coordenador (que se chama Fábio, uma das pessoas que mais serão citadas nessa parte profissional da retrospectiva) me deu uma escolha, algo que nunca tive nessa área da minha vida: eu poderia trabalhar lá, ou então iria pra outra escola, aonde eu já tinha feito o teste e ido muito bem.

Acabei optando pelo mais próximo: São Caetano. E lá posso dizer que tive excelentes 5 meses de trabalho. Conheci amigos que levarei para a vida inteira, que me ajudaram e me ajudam até hoje, sempre estando por perto pra me dar um conselho, me ensinar algo ou simplesmente me ouvir quando alguma coisa apertava. Pessoas como o Edgar, Felippe, Bruno, Emerson, Rodrigo, Patrícia, Cláudia, Tatiane... Todas essas pessoas me ajudaram um pouco em alguma coisa, além de ter conhecido muita gente diferente, pois fui professor de 10 turmas, né?

As coisas estavam boas pra mim, mas minha mãe estava encarando uma fase péssima em seu profissional. Até que culminou em uma demissão injusta, e minha velhinha ficou desolada. Essa foi uma das fases mais difíceis da minha vida, pois eu via a dor nos olhinhos dela e tentava de tudo para ajudá-la, muitas vezes sem surtir efeito... Mas eu sempre estava ali, pra ela. Nossa relação de mãe e filho com certeza cresceu nesse período, aprendi a respeitar e a amar minha mãe como o ser humano frágil e que precisa de carinho e apoio que ela é. E as coisas começaram a rodar um pouco mais, com a correria das férias do meio do ano chegando.

Aí veio uma pedrada na minha cabeça... No penúltimo dia de trabalho, uma sexta feira, antes dos 15 dias de recesso da escola, no meio de uma reunião com os pais dos meus alunos. Não esperava aquilo... Uma ligação do meu irmão, antes do meio dia... Alguma coisa estava MUITO errada. E de fato estava, foi o que comprovei quando encerrei a ligação e perdi todo o foco... Minha tia Teresa, uma pessoa que sempre esteve por perto, que sempre cuidou de mim, que me ajudou em muitos momentos de tristeza e dor... Madrinha do meu irmão... Minha tia amada faleceu em um acidente de carro em Ribeirão Preto.

Graças aos esforços combinados do Felippe (que já tinha deixado de ser professor de inglês para se tornar o coordenador de lá) e do Bruno que eu consegui chegar em casa. Viagem às pressas, um último adeus para uma pessoa que realmente faz falta até hoje...

E aí foi minha vez de ser demitido. Não sei o porquê até hoje, só sei que meu tempo em São Caetano tinha chegado ao fim, e eu temi por minha saúde... Liguei para o Cléber, contando o ocorrido. Disse que não sabia se continuaria a trabalhar na empresa da qual estava saindo.

Porém, abriu-se uma nova porta pra mim. Lá conheci pessoas que me deram todo o suporte para que eu chegasse até onde estou hoje. Assumi o cargo de professor, conheci a Aline, Mônica, Nathália, Patrícia, Valéria, Raquel, Bruno, Virgínia, Toninho, Aílton, Fran, Dênis, Rafael, os dois Ricardos... Lá, conheci também a Sandra, que muito me ajudou também a chegar aonde estou hoje, a Gisele, Amanda, Daniela, Stefhany... Conheci tanta gente, fiz tantas novas amizades, conheci mais uma penca de alunos e comecei a me preparar pra meu crescimento profissional: assumir a cadeira da Coordenação. E nessa parte, no momento em que cheguei aonde eu queria, que minha vida realmente mudou.

As pessoas costumam dizer que relacionamentos nascidos na internet não costumam dar frutos. Eu mesmo falava assim, dado o fato de que me ferrei algumas vezes com isso. Mas tudo mudou no dia em que o Matheus me apresentou a mulher que mudou a forma como eu via o mundo: Suelen.

Pode parecer clichê, mentira ou exagero, mas eu não tô nem ligando na verdade. O que importa é que, após alguns eventos na família da minha então "namorada virtual", resolvi tentar ir em frente: convidei-a para vir morar comigo.

Claro, tivemos dezenas de pedras em nossos sapatos nesse tempo... Meus pais não aceitaram nada bem o que estava acontecendo e eu acabei saindo de casa por uns tempos. Os amigos mais importantes que fiz na nova escola e meu primo me deram o suporte que eu precisava para que o início da minha vida com minha "namorada/esposa" fosse o melhor possível. Até lugar pra ficar nos foi dado, olhem só.

Aí meus pais abriram as portas de casa para minha esposa e eu. Deixaram-se conhecê-la e amá-la, como eu a amo... E aí minha vida realmente mudou... Hoje, posso dizer sem sombra de dúvidas que amo minha esposa como nunca amei pessoa alguma na minha vida. Não importam os problemas, as dificuldades, as pedras no caminho, enfrentamos juntos e sempre aplicamos o que decidimos no primeiro dia: nunca dormir com raiva um do outro.

Aquela previsão do meu primo estava certa, no fim das contas... Hoje, no último dia do ano, vejo o quanto tudo mudou: encontrei o amor da minha vida aonde menos esperava, cheguei no próximo degrau profissional, melhorei a minha relação com meus pais e comigo mesmo, fiz muitos amigos, conheci pessoas excelentes e também enfrentei crises gigantescas pelo caminho, mas venci a quase todos os problemas e posso dizer que já não sou mais o irresponsável de 12 meses atrás... Muita coisa ainda precisa melhorar, mas estando do lado dela eu sei que consigo isso...

Encerro essa postagem agradecendo a todos os amigos que ainda estão do meu lado, como o pessoal da Bonus Stage (Rodrigo, Léo, Danilo e afins), meus amigos de tempos passados (Thiago, Adriana, Rodrigo, Eliana e todos os outros) e não posso nunca esquecer de dizer o quanto amo minha esposa, que me aguenta todos os dias:

Suelen, você é a melhor mulher do mundo todo! Sem você eu não seria o homem que sou, não seria feliz e não serei nada sem você. Você me completa, e meu mundo só existe quando você está do meu lado. É difícil escrever qualquer coisa aqui, é complicado expôr em palavras o que sinto por você... Só sei que eu te amo, e que sem você, mozi, eu não sou ninguém. Obrigado por existir e por estar ao meu lado. Farei tudo que estiver ao meu alcance, e também o que não estiver, para te fazer feliz. TE AMO, MOZI!

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