segunda-feira, 1 de outubro de 2007

We All Need Some Light?

Título controverso, não é? Antigamente eu diria aquela frase lá em cima com o maior entusiasmo, quem sabe esperando a minha própria luz.

Mas aí cheguei a um ponto interessante. Todos nós realmente queremos luzes sobre nós? O que aconteceria se você fosse visto sob a luz? O que será que seria visto pelos outros, ou por você mesmo?

Nos últimos meses algumas mudanças ocorreram dentro de mim, e eu ando fora desse centro que almeja tanto por uma luz. Pode-se até dizer que eu estou à margem dessa luz, e fugindo do reflexo que revelaria a mim mesmo quem sou atualmente.

Não, eu não estou dizendo que virei um assaltante, assassino psicopata louco para degolar virgens e beber seu sangue procurando pela imortalidade. Daria trabalho demais encontrar virgens na idade do abate.

É que eu ando experimentando sensações novas, locais e pessoas diferentes. Tá tudo sob uma nova perspectiva na minha vida, e eu acho que estou sendo engolido por essa onda de sensações, cores, luzes, dessa vida. Se eu estou me drogando? Bem, se drogando como a maioria, que experimente ecstasy, maconha, haxixe, cocaína, afirmo com toda a certeza que não. Porém, isso que ando vivendo talvez vicie e seja mais prejudicial à pureza que eu sempre julguei ter do que todas essas drogas reunidas em um único coquetel.

Mas aí que tá, será que eu quero mesmo me livrar disso? Dessa sensação de poder, de semi-liberdade, de espaço, de tudo que consegui em tão pouco tempo?

Aí que tá o questionamento do meu post. Será que estamos realmente precisando de uma luz? Será que realmente queremos sair dos nossos vícios, das nossas "dark rooms", dos nossos "porres"? Será que queremos deixar de ser esses monstros e anjos que nos tornamos? Será que realmente queremos essa salvação pulsante?

Na atual situação, julgo-me fora de centro para responder à essa pergunta. Esse "copo" no qual eu me afogo, e que me embriaga dia após dia, me tornou finalmente livre de meus antigos demônios, mesmo que tenha trazido novos para o meu convívio. É um preço justo a ser pago pela minha aparente redenção. E será que alguém aqui sabe como é que nos sentimos, ao termos plena certeza de que o que fazemos possa parecer errado, mas é muito bom?

Creio eu que Roland, o Pistoleiro diria que eu devo prosseguir. Ele prosseguiu, sacrificando tudo e todos em busca da sua Torre Negra. Creio eu que seguirei também, pois nunca fui homem de desistir de um caminho por ele parecer escuro ou difícil. De repente encontro quem eu deveria ter encontrado faz muito tempo, ou até mesmo o que meu espírito procurou também.

Só não quero que seja tarde demais para eu ter entrado nessa trilha. Espero que o que eu procuro ainda esteja me esperando, aonde quer que seja.

Abraços amigos de "bebedeira". Cuidem-se.

Um comentário:

Crimson King disse...

"Kadu, *pausa para a respiração irritante e barulhenta*, venha para o lado negro da Fossa...!
*expira barulhenta e irritantemente*"

hehehe

Abraços Maninho!