quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Beneath the waves we were inseparable... In a world without walls...

Boa madrugada a todos. É com um clima sombriamente sóbrio que venho postar aqui hoje.

Pois é, isso foge ao meu normal, como muitos notaram nessas linhas e notarão nesse texto... Mas para um cara que encarou três reflexões seguidas em uma semana, até que vai soar interessante. Mas chega de rodeios, direto ao ponto.

Essas últimas semanas foram complicadas para mim. Desde o Natal, dia da minha primeira grande reflexão, meu relacionamento com meus pais deu uma esfriada legal. Algumas brigas me levaram a querer abandonar minhas férias e voltar pra casa sozinho, só pra me livrar desse clima irritantemente pesado. Porém, eu iria ferrar as minhas férias por conta de uma briguinha escrota e desnecessária. Fui lá, pedi desculpas ao meu velho por causa das palavras duras que ambos usaram e até que resolveu.

Mas isso foi só a primeira reflexão, a que vem com todos os Natais da minha vida: será que eu fui bom o suficiente para com todos que me cercam? Será que não pisoteei o coração de ninguém nesse processo? Pois é: nessa eu não me saí tão mau, afinal o saldo maior nessa treta foi meu próprio orgulho, que eu engoli muito, mas bem menos do que o resto da minha vida.

Aí, voltamos para a minha pacata louca vida aqui no interior. Festa de Ano-Novo, trajando somente roupas pretas, tive uma virada de ano excelente, se não fossem certos detalhes: como vocês já sabem, meu tio faleceu. E, bem, foi o primeiro ano novo que passamos sem sua presença física. E, pra piorar mais ainda a situação, a sua esposa com os dois filhos mais novos do meu tio, que haviam sido pessimamente recebidos pela minha avó (que a culpa pela morte do meu tio), simplesmente não deram as caras por lá. Fora isso, e a dor que muitos sentiam, principalmente os dois filhos mais velhos dele, a noite foi boa. Para limpar a cabeça desse problema e iniciar as duas próximas reflexões (a do ano novo: o que eu fiz nesse ano que passou?, e a de um novo ano de vida: o que eu fiz nesses 22 anos de vida foram coisas boas, ou fiz cagadas o suficiente para me arrepender de viver?), iniciei outro ritual: encher a cara de whisky. E como era bom, ressaca zero.

Bom, essa "retrospectiva" só me levou a relembrar todo o ano passado, todos os altos e baixos, todos os erros e acertos... E, bem... Pode-se dizer que entre mortos e feridos sobrei eu, com o orgulho ferido, mais arisco, porém mais consciente de tudo, e quem sabe até mais maduro...

Se isso vai me ajudar daqui pra frente? É só o que peço ao papai do céu, se ele ainda me ouvir...

Feliz Ano-Novo a todos que me acompanharam nesses meses de blog, agradeço a todos a paciência, e a excelente companhia que vocês foram.

Que 2008 seja bem mais produtivo que 2007, para todos nós.

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