"...battered and bruised..."

Pois é, o que eu nunca imaginei que fosse ocorrer deu na minha cara essa madrugada: Mike Portnoy, um dos três fundadores do Dream Theater, deixou a banda, depois de vinte e cinco anos de estrada.

Eu honestamente não tenho palavras pra descrever a tristeza que me abateu na hora que recebi essa notícia. E não achem que é besteira, galera. Um amigo meu comentou comigo que achava “drama exagerado” o fato de eu estar à beira das lágrimas por isso, pois o cara e a banda não estariam dando a mínima pra minha situação.

Acontece que não é bem assim. Dream Theater, pra mim, não é apenas uma bandinha que eu ouço quando tô bem, ou que me agrada. Significa muito pra mim. As letras me passam mensagens positivas pra sempre seguir em frente, não importa a situação. E isso não é fanatismo pela banda, apenas é algo que me abalou e ponto. Não consigo nem expressar em palavras o quanto eles significavam pra mim, simplesmente por não ter assimilado a pancada direito.

Eu estive em três passagens deles pelo Brasil. São seis anos de paixão pela banda, acompanhando o trabalho deles, torcendo pra que a banda lançasse um CD melhor do que o anterior, e quase sempre tendo minhas expectativas atendidas. Não é um vício irracional, eu não me sentia parte da família dos caras, não os idolatrava como deuses também, só que sempre fui apaixonado pela música que os caras faziam acontecer.

Entendo as razões do Portnoy ao sair, claro que entendo. Ele deixou tudo bem claro aqui, na nota oficial em seu site: http://www.mikeportnoy.com/forum/m2585154.aspx - Não tenho que discutir quanto às suas motivações, eu acho que o cara tem que buscar ser feliz e ponto. Se a banda não trás mais a felicidade que trazia antigamente, bola pra frente e sejamos felizes.

Porém, PRA MIM, o Dream Theater morreu. Não é um chilique de fã desesperado, apenas não consigo ver como a banda vai continuar sem a alma dela. O cara não era apenas o baterista excepcional, backing vocal e letrista principal: o cara era a ALMA do grupo. Mas os caras vão seguir em frente. Espero mesmo que eles consigam honrar o nome que eles vão carregar, pois sempre serei fã de todos eles, mas sem o Portnoy pra mim não é mais Dream Theater e ponto.

Encerro aqui esse post com dois vídeos que até hoje me trazem lágrimas nos olhos:

Parte um e dois de Peruvian Skies, ao vivo no Credicard Hall em 2005

Voices, em 2008, no estacionamento do Credicard Hall.